Capitu e o remix cultural na internet
Antes do segundo capítulo de Capitu (que provavelmente não assistirei), escrevo algumas idéias que me ocorreram após a estréia ontem. Quem estava no Twitter ficou impressionado com a quantidade de comentários com a série, ao longo do capítulo. Muita gente twittando.
Evidentemente esse foi o resultado de algo que o projeto de marketing da Globo plantou. Num post no dia 28/11, eu já tinha sido cooptada pela ação multiplicatória, quando bloguei sobre a proposta do Mil Casmurros, do qual havia tomado conhecimento pelo blog do Tas. O Mil Casmurros ganhou voz própria no Twitter, e ao longo das semanas posteriores que havia adicionado foi acompanhando o andamento da leitura dos trechos.
Assim, a Rede já estava aquecida, e preparada para acompanhar ao mesmo tempo a mini-série na TV e os comentários no Twitter.
A produção de Capitu também tem cheiro de internet, é bem remix. É TV apresentando literatura, com as referência teatrais que marcam a direção do Luis Fernando Carvalho, e uma boa dose de citação de cinema. Muita gente associou com Moulin Rouge (2001), outros com Maria Antonieta (2007), pra mim a primeira lembrança foi o Romeu e Julieta (1997), que é também dirigido pelo Baz Luhmann (que depois dirigiu Moulin Rouge). É uma receita clássica de sucesso de produções culturais nos últimos tempos: enredo consagrado, músicas consagradas, mas pouco vinculadas, a priori, com o contexto ou época em que se passa a trama, mistura de figurino e cenografia de distintas épocas, um ar meio trash. A Globo conseguiu aproveitar bem essa oportunidade de releitura de um clássico, numa linguagem já familiar a esse público conectado, e que agora encontrou um outro canal de mostrar sua existência.
Essa troca, aliás, mostrou ser bem divertida. Eu, por exemplo, nunca tinha ouvido falar no Beirut, grupo que toca a música principal da série. Após vários comentários no Twitter, fui atrás e descobri Elephant Gun, na Blip.FM. Da Blip de volta para o Twitter, e mais informação circulando na Rede...
A twittagem coletiva nessa situações é um filão maravilhoso para quem souber explorar. A TV ligada em Capitu foi muito mais divertida acompanhando os comentários dos mais variados sobre atores, atrizes, canções, cenografias, tédio, empolgação, etc. Não é pra todo dia, nem pra todo programa, mas para a TV entretenimento, qulquer atenção flutuante é mais do que suficiente.
Atualização - 22/06/2008 : a ação do Mil Casmurros ganhou o Leão de Ouro em Cannes, um primeiro lugar na categoria Public Relations. Vejam o site da LiveAd, responsável pela campanha. Isso é o que eu chamo de um outro olhar para Rede. Parabéns, @ianblack.
Evidentemente esse foi o resultado de algo que o projeto de marketing da Globo plantou. Num post no dia 28/11, eu já tinha sido cooptada pela ação multiplicatória, quando bloguei sobre a proposta do Mil Casmurros, do qual havia tomado conhecimento pelo blog do Tas. O Mil Casmurros ganhou voz própria no Twitter, e ao longo das semanas posteriores que havia adicionado foi acompanhando o andamento da leitura dos trechos.
Assim, a Rede já estava aquecida, e preparada para acompanhar ao mesmo tempo a mini-série na TV e os comentários no Twitter.
A produção de Capitu também tem cheiro de internet, é bem remix. É TV apresentando literatura, com as referência teatrais que marcam a direção do Luis Fernando Carvalho, e uma boa dose de citação de cinema. Muita gente associou com Moulin Rouge (2001), outros com Maria Antonieta (2007), pra mim a primeira lembrança foi o Romeu e Julieta (1997), que é também dirigido pelo Baz Luhmann (que depois dirigiu Moulin Rouge). É uma receita clássica de sucesso de produções culturais nos últimos tempos: enredo consagrado, músicas consagradas, mas pouco vinculadas, a priori, com o contexto ou época em que se passa a trama, mistura de figurino e cenografia de distintas épocas, um ar meio trash. A Globo conseguiu aproveitar bem essa oportunidade de releitura de um clássico, numa linguagem já familiar a esse público conectado, e que agora encontrou um outro canal de mostrar sua existência.
Essa troca, aliás, mostrou ser bem divertida. Eu, por exemplo, nunca tinha ouvido falar no Beirut, grupo que toca a música principal da série. Após vários comentários no Twitter, fui atrás e descobri Elephant Gun, na Blip.FM. Da Blip de volta para o Twitter, e mais informação circulando na Rede...
A twittagem coletiva nessa situações é um filão maravilhoso para quem souber explorar. A TV ligada em Capitu foi muito mais divertida acompanhando os comentários dos mais variados sobre atores, atrizes, canções, cenografias, tédio, empolgação, etc. Não é pra todo dia, nem pra todo programa, mas para a TV entretenimento, qulquer atenção flutuante é mais do que suficiente.
Atualização - 22/06/2008 : a ação do Mil Casmurros ganhou o Leão de Ouro em Cannes, um primeiro lugar na categoria Public Relations. Vejam o site da LiveAd, responsável pela campanha. Isso é o que eu chamo de um outro olhar para Rede. Parabéns, @ianblack.
Etiquetas: twitter
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home