sexta-feira, abril 13, 2007

Celular Amordaçado


Boa esta coluna do Pedro Dória, em que ele fala das limitações de um aparelho tão disseminado como o celular, mas que não vai agregando novas funções quase óbvias porque não são de interesse comercial das operadoras de serviço. Isso já me chamava a atenção em relação ao número - se você não quiser se dar ao trabalho de avisar o mundo que seu número mudou, está impedido de procurar outra operadora, mais competitiva ou que adote alguma tecnologia que passe a te interessar mais. A ferramenta pode mais, o mercado não se interessa, e o usuário fica refém... Belo exemplo de que só a disseminação de tecnologia não dá conta de entender sua apropriação pela sociedade.

"Não faz muito, meu celular andou reclamando que não tinha mais espaço de memória para armazenar mensagens de texto. Estava entupido. Para receber o que estavam me enviando, seria preciso apagar outras. É coisa que sempre fiz com alguma freqüência, ir apagando o que era só cotidiano, ir mantendo o tinha por importante.

Só que não dava mais. Tudo o que sobrara me era caro. Aqueles recados que foram vindo ao longo do ano, que marcaram de uma forma ou de outra um período atribulado. Queria guardar como guardamos cartas, cartões postais, e-mails. Conectei o celular ao computador por Bluetooth. Vasculhei os diretórios abertos: estava lá o de fotos, o de filmes. O de mensagens de texto, não.

Vasculhei os menus do aparelho. Cada um. Nenhuma pista de como exportar as mensagens. Tentei reenviá-las, uma por uma, como se fossem e-mail. Não funcionou. A única maneira de salvar os trinta e poucos rabiscos de texto improvisados seria abrir uma por uma e digitar num processador de texto ao computador.

As mensagens foram apagadas. Num só comando. E ficou cá uma certa amargura para com o aparelho celular".

O artigo continua...

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3 Comments:

Blogger Sidiney said...

Tenho me perguntado constantemente, e sempre em busca, de qual atividade pedagógica poderia ser desenvolvida com a utilização de celulares. Das máquinas digitais, eu já encontrei um jeitinho, mas o celular ainda é um entrave, o problema, é a diversidade de aparelhos, o que dificulta a busca de funções, como são serviços extremamente caros, não estão disponíveis, e ainda não achei uma atividade para utilizar isso como recurso pedagógico. Mas vou continuar me perguntando...

9:39 da manhã  
Blogger Lilian said...

Pois é, Sidiney, eu também acho que se pensa pouco em formas de utilização destes aparatos móveis que estão na mão de tanta gente. Quem sabe alguma hora a gente tem alguma boa idéia? Obrigada pelos comentários! Lilian

3:04 da tarde  
Blogger dani matielo said...

Lilian, aqui na Espanha, se pode mudar de operadora sem mudar o número. Creio que não são "os interesses comerciais", mas também a forma como são feitas as políticas publicas que incentivam ou não o desenvolvimento de uma tecnologia para um lado ou para o outro. A própria Internet é prova disso... ;)

12:56 da tarde  

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