Cognição mais além do indivíduo
"A mente é socialmente distribuída entre as pessoas, e os processos mentais tem base em objetos que as corporificam e as representam. A cognição se extende mais além do indivíduo;a incorporação vai mais além da pele".
Essa frase é do um artigo "Blending out of the background: Play, props and staging in the material world", do professor Chris Sinha (o sobrenome é indiano, em português soa muito familiar, né?), da Universidade de Portmouth, na Inglaterra.
Assisti uma palestra dela ontem, na Faculdade de Letras, na USP (a convite do Prof. Leland Mccleary,a quem admiro muito) e achei a perspectiva interessante. A idéia é que "representação" não acontece como um processo isolado na cabeça de cada um, mas está materializada também nos objetos com os quais interagimos, e também nos gestos e nos rituais sociais.
Por exemplo: ao ver um chapéu e identificá-lo como "cowboy", não é só a minha mente que funciona como um sistema identificador e atribui sentido àquele objeto, mas o próprio objeto que trouxe em si, corporificado por uma tradição cultural da qual faço parte, a representação.
Chris Sinha retoma Vigostski, reforçando a idéia que a cognição está sempre incluída na vida social, é impensável numa perspectiva mentalista e individualista.
Ele agrega à Vigostki algumas reflexões do "pragmatismo", leituras que preciso ampliar.
É bom saber que o que ando lendo faz sentido para pesquisadores contemporâneos, empenhados em atualizar idéias que não são tão novas assim.
Essa frase é do um artigo "Blending out of the background: Play, props and staging in the material world", do professor Chris Sinha (o sobrenome é indiano, em português soa muito familiar, né?), da Universidade de Portmouth, na Inglaterra.
Assisti uma palestra dela ontem, na Faculdade de Letras, na USP (a convite do Prof. Leland Mccleary,a quem admiro muito) e achei a perspectiva interessante. A idéia é que "representação" não acontece como um processo isolado na cabeça de cada um, mas está materializada também nos objetos com os quais interagimos, e também nos gestos e nos rituais sociais.
Por exemplo: ao ver um chapéu e identificá-lo como "cowboy", não é só a minha mente que funciona como um sistema identificador e atribui sentido àquele objeto, mas o próprio objeto que trouxe em si, corporificado por uma tradição cultural da qual faço parte, a representação.
Chris Sinha retoma Vigostski, reforçando a idéia que a cognição está sempre incluída na vida social, é impensável numa perspectiva mentalista e individualista.
Ele agrega à Vigostki algumas reflexões do "pragmatismo", leituras que preciso ampliar.
É bom saber que o que ando lendo faz sentido para pesquisadores contemporâneos, empenhados em atualizar idéias que não são tão novas assim.
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