Arre arrogância
Uma coisa que tem me cansado nos últimos tempos é a força das generalizações com a qual temos que conviver. Uma dificuldade enorme de evocar a singularidade, de olhar as diferenças.
Professores, como todo mundo sabe, são os donos da verdade, autoritários, arrogantes, acomodados, corporativos e insensíveis às realidades de seus alunos.
Já os médicos, está provado, são também mestres da insensibilidade e arrogância... além da frieza, como poderia ser de outro jeito?
Os jornalistas, desculpem, são sabidamente arrogantes, superficiais por ofício, de uma ignorância constrangedora...
Alunos, é claro, são incorrígiveis vagais, desinteressados e preguiçosos, pra não dizer (não contem pra ninguém) ... arrogantes.
Pais são auto-centrados, cegos aos defeitos dos filhos, cegos às necessidades dos filhos, autoritários ou pusilânimes, e, no fundo, no fundo, arrogantes...
Deus do céu... acho que o mundo não tem jeito...
Ou tomamos um banho de generosidade, ou vamos viver em permanente guerra - no seio da nossa própria arrogância.
Professores, como todo mundo sabe, são os donos da verdade, autoritários, arrogantes, acomodados, corporativos e insensíveis às realidades de seus alunos.
Já os médicos, está provado, são também mestres da insensibilidade e arrogância... além da frieza, como poderia ser de outro jeito?
Os jornalistas, desculpem, são sabidamente arrogantes, superficiais por ofício, de uma ignorância constrangedora...
Alunos, é claro, são incorrígiveis vagais, desinteressados e preguiçosos, pra não dizer (não contem pra ninguém) ... arrogantes.
Pais são auto-centrados, cegos aos defeitos dos filhos, cegos às necessidades dos filhos, autoritários ou pusilânimes, e, no fundo, no fundo, arrogantes...
Deus do céu... acho que o mundo não tem jeito...
Ou tomamos um banho de generosidade, ou vamos viver em permanente guerra - no seio da nossa própria arrogância.
7 Comments:
Concordo com esta parte principalmente:Ou tomamos um banho de generosidade, ou vamos viver em permanente guerra...
Mas nem sempre é arrogância que nos move: é desconfiança...
Desconfiamos sempre das intenções alheias. Todos gostamos de dinheiro, mas adoramos criticar os que ganham...Todos gostamos de reconhecimento e notoriedade, mas vemos sempre com desconfiança aqueles que se destacam, que atingem rapidamente o sucesso. Se não assumimos nossas fraquezas, aí sim, somos arrogantes, né?
Opa Lilian!
Banho de generosidade e de senso crítico. Pois como você sutilmente aponta, nem todos os gatos são pardos :-)
E sim, como já foi dito, toda generalização é burra :-)
bjs
Olá Lilian,
acredito que essa pseudo-arrogância na verdade é uma máscara usada para se sentir incluído nesta sociedade que representa ser o que não é, o tempo todo. Vivemos cada vez mais embalados por protótipos criados pelo próprio homem e que depois, ele mesmo, se sufoca, sem conseguir se desvencilhar.
Quando você conversa com uma pessoa “arrogante” por dez minutos, consegue perceber que na verdade ela não é tão arrogante assim. Muito pelo contrário, é insegura, receosa, frágil. E tão logo terminada a conversa, sua expressão muda assumindo os traços arrogantes do início.
Vive-se em representação neste grande Teatro Social. Somos pelo que falamos e temos. Valemos o quanto temos em nossa carteira.
Valores... o que é isso mesmo?
É somos resultado de uma mídia manipuladora.
bjs e adorei o tema. =)
Olá pessoal,
Jenny,
concordo que desconfiança está no meio da maneira com que nos relacionamos, mas confiança é algo que se constrói, não é? e esse é um processo que começa pelo reconhecimento do universo comum, pela percepção da abertura do outro e da identificação com os princípios que o norteiam. se isso não está dado, é ingênuo confiar...
o problema do dinheiro e da notoriedade não está no desejo em alcançá-los, mas nos meios utilizados para isso. afinal, não dá para aceitar a filosofia de que "os fins justificam os meios", não é?
Sérgio,
Certamente, deixei o senso crítico de fora, e generosidade sem senso crítico leva a ingenuidade. E não é esse o caso...
Cybele,
Seria excelente se a arrogância se dissipasse assim tão facilmente...
Concordo contigo com o "somos o que falamos" (e acrescento "e o que fazemos"). "Somos o que temos" é a máxima da economia de mercado, e isso, a meu ver, precisa ser desmontado (aliás, na nossa ação profissional), se queremos menos jovens preocupados com o consumo e mais jovens preocupados com as relações que estabelecem e com a qualidade humana do mundo que estão construindo.
abços a todos
Oi Lilian,
Somos complicados não? Hora somos intolerantes, arrogantes, insesíveis... Outras horas somos amorosos, humildes, gentis. Haja Freud para explicar! Fazemos parte dessa natureza humana e ainda bem que temos pessoas como você que vira e mexe nos lembra disso! Beijão,
Jô
Hum... creio que valeria bastante a pena dar uma lidinha nesse texto aqui: http://liberallibertariolibertino.blogspot.com/2006/11/tentativa-de-definio-de-arrogncia.html
A arrogância não precisa ser tão ruim assim.
Li seu post Ulisses,
Não sei se estamos falando da mesma coisa...Acho que não são os "medíocres" que acusam quem é melhor de arrogância, mas todos nós, em diferentes momentos.
Sério, eu tô cansada de ouvir professores falando que seus alunos não querem nada com nada. todos os alunos? Ou jornalistas falando que os professores são autoritários e acomodados. todos?
Generalização é uma praga...
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