Sobre comunidades e sentido
Ando com comunidades virtuais na cabeça, ossos do ofício e hora de fechar um ciclo de reflexões. Sigo as instruções do mestre Bakhtin, que nos ensina que é a "expressão que organiza o discurso interior", e não o contrário...
Um ciclo tem começo, meio e fim. No mundo das idéias, é difícil falar em fim. E, de novo, lembro-me do mestre, que explica que um enunciado nunca é um episódio isolado, mas apenas um elo na cadeia dos que o precederam e dos que o sucederão. E, como um permanente diálogo, as idéias vão ganhando outras entonações, outras formatos, inspirando outras idéias, mudam, mas não ficam restritas ao momento de sua expressão...
As comunidades, da mesma maneira, vivem este fenômeno da emergência, ascensão e queda, evidentemente nos ritmos mais variáveis que dê para imaginar. A sua maneira, também é difícil falar em fim, pois o aprendizado daquele coletivo lança-se na rede nas novas esferas de colaboração de cada membro. Elas se desfazem, se desorganizam, e se mesclam na organização de outras, que permanecerão ativas e operantes enquanto houver sentido na sua ação em comum.
Então, é difícil pensar que numa comunidade que ganhe vida por um desejo externo as pessoas que participam delas. Não há comunidade sem razão de ser, e se uma pessoa é convidada a participar de uma situação de interação que não lhe mobiliza ou para a qual ela não está disponível no momento, ela não permanecerá, a não ser que não tenha opção.
Hoje a internet está mais marcada pelas redes sociais, nas quais as comunidades temáticas são apenas uma das opções de nó. E nas redes sociais, também a permanência e atividade nas comunidades obedecem esse raciocínio.
Congregar pessoas no ciberespaço deve dar muito dinheiro. É por isso que todos os dias chegam tantos convites para participar de tantos espaços, de compartilhar tantos serviços. O segredo, pelo jeito, não é congregar, é manter a "tensão irredutível" que garante essa presença. Em outras palavras, não perder a "razão de ser".
Mas como todos os processos são dinâmicos, é preciso que a razão da existência possa também se renovar.
E para fechar esse ciclo, volta a minha mente o mestre Bakhtin, que diz que a significação da palavra só se dá a conhecer à luz da interação verbal entre dois sujeitos. Quem ignora isso, diz ele, age como quem quisesse acender uma lâmpada depois de terem cortado a corrente.
Um ciclo tem começo, meio e fim. No mundo das idéias, é difícil falar em fim. E, de novo, lembro-me do mestre, que explica que um enunciado nunca é um episódio isolado, mas apenas um elo na cadeia dos que o precederam e dos que o sucederão. E, como um permanente diálogo, as idéias vão ganhando outras entonações, outras formatos, inspirando outras idéias, mudam, mas não ficam restritas ao momento de sua expressão...
As comunidades, da mesma maneira, vivem este fenômeno da emergência, ascensão e queda, evidentemente nos ritmos mais variáveis que dê para imaginar. A sua maneira, também é difícil falar em fim, pois o aprendizado daquele coletivo lança-se na rede nas novas esferas de colaboração de cada membro. Elas se desfazem, se desorganizam, e se mesclam na organização de outras, que permanecerão ativas e operantes enquanto houver sentido na sua ação em comum.
Então, é difícil pensar que numa comunidade que ganhe vida por um desejo externo as pessoas que participam delas. Não há comunidade sem razão de ser, e se uma pessoa é convidada a participar de uma situação de interação que não lhe mobiliza ou para a qual ela não está disponível no momento, ela não permanecerá, a não ser que não tenha opção.
Hoje a internet está mais marcada pelas redes sociais, nas quais as comunidades temáticas são apenas uma das opções de nó. E nas redes sociais, também a permanência e atividade nas comunidades obedecem esse raciocínio.
Congregar pessoas no ciberespaço deve dar muito dinheiro. É por isso que todos os dias chegam tantos convites para participar de tantos espaços, de compartilhar tantos serviços. O segredo, pelo jeito, não é congregar, é manter a "tensão irredutível" que garante essa presença. Em outras palavras, não perder a "razão de ser".
Mas como todos os processos são dinâmicos, é preciso que a razão da existência possa também se renovar.
E para fechar esse ciclo, volta a minha mente o mestre Bakhtin, que diz que a significação da palavra só se dá a conhecer à luz da interação verbal entre dois sujeitos. Quem ignora isso, diz ele, age como quem quisesse acender uma lâmpada depois de terem cortado a corrente.
Etiquetas: colaboração, comunidades, interação, internet
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