Surpreendida por interfaces digitais
Em tempos de variedades de interfaces digitais em todo tipo de equipamento ao nosso redor, a cada momento me deparo com exemplos que reforçam meu apoio à conceituação proposta pelo psicólogo James Wertsch: compreender a ação humana é ser capaz de descrever a relação de "agentes-agindo-com-ferramentas-culturais". Altere uma variável nessa relação e pode ter certeza que uma nova descrição será necessária.
Há alguns meses essa observação foi acionada ao dirigir um carro que, ao invés de possuir o velocimetro tradicional, possui um velocimetro que apresenta os algarismos correspondentes à velocidade do momento.
Não demorou muito para perceber que essa alteração gera um certo conforto mental. Há uma economia de operações quando posso simplesmente comparar o valor indicado nas placas da rua com o do velocimetro digital, sem precisar decodificar a informação indicada pelo movimento do ponteiro vermelho, para então concluir se estou dentro do limite permitido.
Caso estejam bem sinalizadas as vias, poderia arriscar o palpite de que motoristas dirigindo carros com velocimetros digitais (e predispostos a respeitarem as leis de trânsito, evidentemente) terão menos multas.
Recentemente, foi o Ipod Touch que me surpreendeu, por me oferecer uma "ferramenta cultural" diferenciada. Ao ouvir as canções de The Very Best of Sting & The Police , dei de cara com a letra de cada música na tela. Vejo agora, checando na internet, que não é exatamente uma novidade, mas me pegou totalmente de surpresa. Quantas e quantas vezes saímos de nosso caminho para ir atrás da letra de uma canção? Quanto da nossa improvisação já dedicamos à elocubrar sobre qual seria a letra, especialmente se ela estivesse sendo cantada em outro idioma? Quais os ganhos possíveis na aquisição de linguagem escrita e expansão do repertório poético e lexical para os jovens que crescerem tendo essa outra experiência de fruição cultural? Ouvir música, nesse cenário, torna-se uma ação que demanda novas descrições.
Etiquetas: cidade, equipamentos, interfaces, internet
4 Comments:
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Lilian, boa tarde!
O Museu Exploratório de Ciências - UNICAMP recebe até 9 de agosto, em sua página na internet, as inscrições para a 3ª Olimpíada Nacional em História do Brasil (ONHB). Composta por cinco fases online e uma presencial, a competição envolve professores e alunos na resolução dos problemas propostos, com o objetivo de estimular o conhecimento e o estudo, despertando talentos e aptidões.
A primeira fase da competição começa dia 15 de agosto. A fase presencial acontece no dias 15 e 16 de outubro, na Universidade Estadual de Campinas.
Podem participar estudantes regularmente matriculados no 8º e 9º anos do ensino fundamental e demais séries do ensino médio, de escolas públicas e privadas de todo o Brasil. Para orientar a equipe, composta por três estudantes, é obrigatória a participação de um professor de história. A taxa de inscrição é de 20 reais para equipes de escolas públicas e 40 para equipes de escolas particulares.
Gostaríamos que divulgasse a Olimpíada em seu site/blog, para que professores e alunos interessados pudessem participar.
Visite nosso site:
www.mc.unicamp.br
Quaisquer dúvida envie um e-mail para:
olimpiadadehistoria@gmail.com
Muito obrigado!
Oi Lilian, adorei esse teu post. Realmente as interfaces, cada vez mais digitais, estão em quase todas as situações da vida quotidiana e afetando os nossos comportamentos e até causando admiração ou espanto. Abs, Giba Canto.
Oi Giba,
que bom ler vc aqui no blog!
a cada dia fico pensando que outras interfaces digitais poderia acrescentar a esse exemplo, são tantas!
um abço grande!
Lilian
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