Se você ainda não sabe tudo o que precisa sobre o Twitter
Amanhã, 10/08, às 16h, será lançado o e-livro:
Escrito pelo Juliano Spyers, que já nos ofereceu contribuições como Conectado e a organização de Para entender a internet, o livro é um ótimo guia de orientação para usuários da Rede que não conseguiram simplesmente "subir no bonde" do streaming e entrar na conversa.
O lançamento, ocorrerá no próprio Twitter, e devo estar por lá acompanhando, entre outras coisas por que acompanhei a produção do texto, contando um pouco do uso que faço e dando alguns pitacos na leitura do texto final.
E aproveitando a ocasião, ponho no ar um post que estava em rascunho há quase dois meses - :( - que traz um pouco dos insights do Steven Johnson sobre o Twitter, no artigo que ele escreveu para a Time Magazine no último mês de junho:
"O mais fascinante sobre o Twitter não e o que ele está fazendo conosco. É o que nós estamos fazendo com ele"
Numa discussão com um grupo limitado de pessoas, Twittar pode fazer com que as idéias que circulam naquele ambiente extrapolem o espaço e cheguem a outras pessoas, que passam a poder influenciar a conversa com os seus comentários também. A experiência narrada por Johnson, sobre a conferência Hacking Education, acontecida em março, já foi experimentada por aqui em eventos como o Campus Party ou a transmissão online do Roda Viva. É o que ele está chamando de "2a camada da discussão", que permite ampliar a audiência e ocasionar intepenetração de vozes. Possui também o efeito de potencializar a continuidade da discussão na Rede.
A limitação de caracteres possui um intuito evidente de permitir a circulação de posts a partir de celulares, agregando de forma mais intensa a mobilidade à experiência de interação. Esse caráter de mensagem instântanea e pública dá vazão a uma circulação de micro-textos que cobrem da absoluta subjetividade dos humores individuais às informações de utilidade pública imediata. Essa caracteristica, como bem aponta Johnson, faz com que a fruição do fluxo do Twitter nos brinde com uma mescla que reúne assuntos de esfera pessoal com temas da vida pública da cidade, incluindo detalhes de absoluta irrelevância - por exemplo, o fato que o jornalista X se encontra no aeroporto, para ir ao Rio. Trata-se, portanto da plataforma de comunicação que utiliza com mais propriedade o aspecto flutuante de nossa atenção, apostando na facilidade com que cada usuário descartará de imediato a informação superflua e destacará as relevantes. O descarte, evidentemente, não constitui um anulamento do contato com a informação, que passa a constituir um arquivo de bastidor na memória de cada um.
O Twitter também vai se monstrando uma plataforma muito mais ágil para a atualização do que surge de interessante na Rede, ultrapassando o Google como espaço de disseminação de informação imediata. Para conhecer a história de um determinado tema (dos romanos a um famoso jogador de futebol), os buscadores tradicionais são os indicados. Para saber do que está se falando dele nesse exato momento, o lugar é o Twitter.
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