sábado, agosto 01, 2009

Quarentena

Tá difícil escapar de blogar sobre o impacto em nosso cotidiano trazido pela expectativa de pandemia da gripe H1N1 – ôpa, acho que decorei o nome oficial da gripe suína.
O retorno às atividades escolares foi suspenso por mais quinze dias, seguindo orientação da Secretaria da Saúde (como ocorreu em vários estados), mas trazendo divergências de opinião entre os pais em relação a essa decisão: uns acham excesso de zelo; outros acham que isso não evitará a aglomeração, pois as crianças e jovens irão se ocupar buscando socialização em outros ambientes; muitas famílias ficam em sérias dificuldades para cuidar das crianças sem o apoio das creches. Vamos nos dando conta de uma função importantíssima que a instituição escolar cumpre no cotidiano de crianças e jovens, e que é em geral apresentada como secundária ou menor: a escola é responsável pela guarda e pelos cuidados com as crianças e jovens. E decorre daí que ela tem um papel central como modelo: é nesse espaço em desenvolvem-se regras de convívio, incentivam-se hábitos de higiene, oferecem-se exemplos de postura ética e de justiça. Não é à toa que quem pode escolher busca avaliar cuidadosamente a instituição em que suas crianças passará boa parte de seu dia; não é à toa que não pode escolher convive muitas vezes com o sentimento de indignação, quando se depara com espaços sem condições, merenda de péssima qualidade, profissionais sem qualificação ou sem um mínimo de possibilidade humana para tratar as crianças de forma adequada.
Outra coisa que vai ficando evidente é o quão incipiente ainda é, em nosso dia a dia, a cultura do uso da Rede como forma de viabilizar algumas atividades escolares em situações como essa. Talvez esse período de recesso represente um marco: as escolas cujos alunos já possuem computadores em casa vão buscar garantir, cada vez mais, que propostas de educação à distância possam ser acionadas em outros casos de emergência.
Aqui em casa, a gripe suína apareceu hoje, os primeiros casos - e espero que únicos – acomenteram as bonecas da minha filha de cinco anos. Foi uma boa oportunidade para dar algumas dicas para ela, contar que não é para emprestar o protetor labial para a amiguinha, nem para pedir um gole do suco da outra, entre outras coisinhas básicas. Vamos ver nisso tudo o que nós, adultos, teremos a aprender.

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E aproveito para deixar aqui um link para um game sobre a Gripe Suína - ainda não joguei, mas a dica, do Carlos Hotta, parece ser boa!

E a dica de um bom artigo da Drauzio Varella hoje na Folha de S. Paulo, remontando o histórico da gripe como pandemia nos séculos XX e XXI.

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8 Comments:

Anonymous Sérgio Lima said...

Opa Lilian,

A bem da verdade eu não testei (ninguém aqui pegou a H1N1), mas uma erva natural não vai te prejudicar, já diria o Marcelo D2...

http://montegasppa.blogspot.com/2009/05/anis-estrelado.html

10:35 da manhã  
Blogger Lilian said...

Obrigada pela dica, vou passar para algumas pessoas próximas com gripe muito forte, mesmo sem ser suína.

10:58 da manhã  
Blogger Tati Martins said...

Oi, Lilian!
Gostei deste seu post e escrevi algo sobre a internet em tempos de quarentena também em meu blog. Indiquei ao final a leitura deste texto.
Um beijinho!

4:18 da tarde  
Blogger Tati Martins said...

P.S. Esqueci de dizer que não consegui acessar o jogo. Fiquei curiosa...

4:19 da tarde  
Blogger Lilian said...

Tati, vou lá ver o teu texto. Já corrigi o link, viu! abço

5:29 da tarde  
Blogger Unknown said...

Oi, Lilian!

Estou na fronteira com a Argentina, com um inverno tão intenso como há algum tempo não acontecia, no olho do furacão!

E parece que todos - poder público e população - estão meio perdidos!
Há pouca informação e muito susto!

A contagem extraoficial de vítimas fatais é aterradora... a imaginação corre solta! Por todo o lado pessoas com máscara!

A gente está aprendendo a se cuidar mais... e percebendo a importância da escola como espaço social.

Porto Alegre até tentou recomeçar no dia 03, justamente por entender que a escola para maioria é a única referência de convívio - higiene, alimentação, saúde... mas não conseguiu!

Talvez esse tempo seja importante para o poder público se organizar... talvez o frio diminua...

Abraços!

1:37 da manhã  
Blogger Lilian said...

olá Suely,
são estranhas essas distintas realidades... aqui há um certo cinismo: é preciso mesmo parar tudo? afinal, será que há mesmo uma pandemia... por outro lado vcs aí numa angústia danada... muita gente adoecendo, muita preocupação com como curar e com como não adoecer...
Fico pensando como as crianças estão vivendo essa tensão toda... Vou lá ver se o Tomate escreveu alguma coisa...
abços e muita saúde,

11:23 da tarde  
Anonymous Renato said...

Por falta de tempo, cada vez mais uma parte da educação, que caberia aos pais, fica para a escola. Qual a função dos pais?

6:54 da tarde  

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