Sobre antepassados e descendentes

Uma senhorinha ensanduichada por dois de seus filhos...
Essa foi a imagem que encontrei, recentemente, da minha bisavó Hannah, aos 89 anos, ladeada por meu avô Manuel e meu tio avô Max Starobin. Foi publicada num jornal dos EUA, no início da década de 50, quando meu avô, que emigrara da Lituânia para o Brasil, conseguiu visitar os demais familiares.
O recorte amarelado, com as clássicas bordas rasgadas, estava entre os papéis do meu querido tio Simão, que faleceu há algumas semanas.
Quantas vezes a gente se emociona, ao ver na TV, essas histórias de famílias separadas pelos caminhos da vida, e que se encontram muitos anos depois? São histórias também dos meus antepassados, aliás de ambos os lados, já que a trajetória do meu avô por parte de mãe é bastante parecida.
Há algo engraçado em encontrar um pedaço do próprio passado num recorte de jornal.
E quem sabe meus bisnetos achem mais engraçado ainda, já que tantas coisas sobre a avó lerão, verão e ouvirão na Rede.
Então aqui vai, de presente para os meus descendentes: caso o papel não durar mais 50 anos ou o recorte se perder, essa postagem fica de testemunho, para perpetuar o registro.