Observando tendências
Quando a gente começa a ver algo acontecer com uma certa frequência, parece que isso é sinal de algo que está se tornando - ou quer se tornar - uma tendência.
Recentemente, vi duas revistas (uma online outra em papel) sobre blogs.Ler blogs em revistas? O Sérgio me explicou que as pesquisas dizem que uma porção pequena dos internautas lêem blogs, e que estas publicações são voltadas à difundir o universo da blogosfera entre os não iniciados. Entendo, e posso compreender a iniciativa.
São duas publicações diferentes:
A OFFLINE (que possui uma versão online, aliás com matérias só nesse meio) é distribuídas nas faculdades de São Paulo. Tem um apelo forte para a publicidade, pois atinge um público de bom poder aquisitivo. A diagramação é divertida: a revista é horizontal, como se fosse um caledário, remetendo à tela do micro. Tudo lembra a internet, os ícones, os textos curtos, muita participação de redatores recrutados entre os próprios alunos. As matérias são variadas: fala-se de tecnologia, mas também de vida cultural em SP, há entrevistas com professores universitários, matérias sobre comportamento. Há uma editora por trás. É uma aposta na velha e boa familiaridade para cacifar o sucesso.
A Feed-se (ê nominho infame) se apresenta como "o primeiro agregador de feeds em revista". Achei curioso, quem quer feeds escolhidos por terceiros? A revista é uma reunião de artigos sobre aspectos variados da blogosfera. Entrevista com blogueiros famosos, muita informação sobre as estratégias de uso do Google Adsense, etc. Foi anunciada como revista em papel e paga, depois descobri que era parte de um 1 de abril, estratégia de marketing para fazer barulho. É acessível por download em PDF, e pelo que vi, produzida por um conjunto de blogueiros.
As iniciativas apoiam-se na clareza de que há uma grande força na Rede, e buscam angariar mais público a partir de formatos anteriores à mídia digital. A TV sabe fazer isso bem, estimular a curiosidade de seus espectadores em outras mídias.
A Offline aposta na identificação que o público universitário tem com a internet. A outra (desculpem, não vou ficar escrevendo esse nome muitas vezes), na idéia de que o usuário de internet ainda não conhece o caminho das pedras e vai achar confortável receber um "melhores momentos", selecionados por um grupo de blogueiros. Ou então acham que quem já conhece e se interessa por seus blogs gostaria de ler artigos mais longos sobre as atividades de seus autores, o que nem sempre tem lugar nas postagens.
Sendo revistas, elas mantêm o mesmo gênero do discurso de suas contrapartes impressas, proporcionando interação somente bidirecional (e mail para contato, fale conosco, participe) e mantendo de fora a modalidade de comunicação multipolar própria da blogosfera.
Recentemente, vi duas revistas (uma online outra em papel) sobre blogs.Ler blogs em revistas? O Sérgio me explicou que as pesquisas dizem que uma porção pequena dos internautas lêem blogs, e que estas publicações são voltadas à difundir o universo da blogosfera entre os não iniciados. Entendo, e posso compreender a iniciativa.
São duas publicações diferentes:
A OFFLINE (que possui uma versão online, aliás com matérias só nesse meio) é distribuídas nas faculdades de São Paulo. Tem um apelo forte para a publicidade, pois atinge um público de bom poder aquisitivo. A diagramação é divertida: a revista é horizontal, como se fosse um caledário, remetendo à tela do micro. Tudo lembra a internet, os ícones, os textos curtos, muita participação de redatores recrutados entre os próprios alunos. As matérias são variadas: fala-se de tecnologia, mas também de vida cultural em SP, há entrevistas com professores universitários, matérias sobre comportamento. Há uma editora por trás. É uma aposta na velha e boa familiaridade para cacifar o sucesso.
A Feed-se (ê nominho infame) se apresenta como "o primeiro agregador de feeds em revista". Achei curioso, quem quer feeds escolhidos por terceiros? A revista é uma reunião de artigos sobre aspectos variados da blogosfera. Entrevista com blogueiros famosos, muita informação sobre as estratégias de uso do Google Adsense, etc. Foi anunciada como revista em papel e paga, depois descobri que era parte de um 1 de abril, estratégia de marketing para fazer barulho. É acessível por download em PDF, e pelo que vi, produzida por um conjunto de blogueiros.
As iniciativas apoiam-se na clareza de que há uma grande força na Rede, e buscam angariar mais público a partir de formatos anteriores à mídia digital. A TV sabe fazer isso bem, estimular a curiosidade de seus espectadores em outras mídias.
A Offline aposta na identificação que o público universitário tem com a internet. A outra (desculpem, não vou ficar escrevendo esse nome muitas vezes), na idéia de que o usuário de internet ainda não conhece o caminho das pedras e vai achar confortável receber um "melhores momentos", selecionados por um grupo de blogueiros. Ou então acham que quem já conhece e se interessa por seus blogs gostaria de ler artigos mais longos sobre as atividades de seus autores, o que nem sempre tem lugar nas postagens.
Sendo revistas, elas mantêm o mesmo gênero do discurso de suas contrapartes impressas, proporcionando interação somente bidirecional (e mail para contato, fale conosco, participe) e mantendo de fora a modalidade de comunicação multipolar própria da blogosfera.
Etiquetas: internet, rss, tendencias